Bom dia, boa tarde ou boa noite. Como estão vocês? Eu estou bem. Depois de tanto tempo sem dar-lhes notícias, vim por meio desse post fazer um desabafo e explicar, no final dele, a minha visão para um novo horizonte.
Não é de hoje que estou distante. Distante de pessoas, hobbies e do próprio blog. A verdade é que ultimamente não ando tendo disposição, criatividade e tempo para muitas coisas. A vida é curta demais para viver sem fazer o que gosta, ela se torna maçante e completamente entediante. Gosto de ver a vida como se fosse uma campanha longa de Role-Playing Game (RPG). Podemos escolher os melhores companions assim como também podemos escolher os piores. Podemos perder amigos e pessoas que amamos na primeira side quest e podemos também chegar no fim de uma dungeon perigosa e achar um baú repleto de itens maravilhosos e diversos tesouros.
Quando criança nunca entendi porque meu pai tanto dizia que ser “gente grande” era trabalhoso. E assim como muitas outras crianças, sempre quis me tornar gente grande da noite para o dia; afinal de contas, seria ótimo se pudéssemos simplesmente deitar a cabeça no travesseiro e acordar na melhor fase de nossas vidas. - Simplesmente maravilhoso.
Naquela época, mesmo sem saber detalhadamente como era a vida de um adulto, eu sempre desconfiei que crescer seria um passo difícil. E realmente é. Fui uma criança sozinha, eu era a caçula, meu irmão vivia com a minha avó e eu o achava insuportavelmente chato por ser o mais velho. Meu pai trabalhava de mais e minha mãe não tinha tempo para mim, o que explica minha paixão incondicional pelo que mais me fazia companhia - meus animais de estimação - e o meu grande interesse em escrever, explorar meus dotes e tentar compartilhar isso com o mundo.
Quando se é criança, você não tem tantas prioridades e responsabilidades; você só precisa ter boas notas no colégio e brincar, curtir a infância. Atualmente eu entendo parte da dimensão do quão difícil seria crescer e deixar as coisas de criança para trás.
Quando você começa a amadurecer, as coisas se tornam mais nítidas. Começamos a ver as intrigas familiares de outra forma, não é mais o papai ou a mamãe discutindo entre si sobre o que você vai levar para lanchar no colégio. Começamos a entender que as palavras podem machucar muito, e que as desilusões amorosas nem sempre são fáceis como em novelas ou nos filmes de contos encantados que assistíamos na Disney, nem tudo acaba com um final feliz. Conhecemos o pior lado das pessoas que se diziam ser amigos e nos amar tanto, para uns mais cedo e infelizmente para outros mais tarde. Na adolescência a indecisão nos persegue, mesmo que seja em momentos bobos como o que comer depois do filme no cinema e até em momentos mais difíceis como por exemplo: “O que eu quero ser ou fazer da minha vida?”
Quando você começa a amadurecer, nem tudo se torna mais fácil. Conseguimos ir para lugares que antes só podíamos ir acompanhados de um dos pais, como também conhecemos a bebida, a depressão, a vaidade, o sexo e as drogas. Uns seguem um caminho bom enquanto outros se perdem no início de sua jornada de auto-conhecimento.
Quando deixamos a infância para trás conhecemos o verdadeiro peso de uma lágrima. Apartir daqui não se chora só porque seus familiares lhe deram o que queria de natal ou porque você caiu e feriu o joelho. Às vezes nos perguntamos o motivo de tantos problemas - Porque logo comigo? - e esquecemos de pensar em quem caminha ao nosso lado ou como as realidades podem ser terríveis para outros indivíduos. Conhecemos o peso de uma lágrima, a lâmina afiada que são as palavras e a importância de um abraço e o principal: como um abraço pode fazer falta.
_____
Se alguém viu um trecho de sua vida escrita nesse desabafo, sinta-se abraçado. Não é “só com você”. As coisas ruins e boas acontecem com todos. Pois bem, estive conversando com a Diana pelo Facebook e ela me encorajou muito a fazer este post. Eu precisava postá-lo e compartilhar com vocês meu novo horizonte. A verdade é que continuarei ausente do blog, estou vazia e sem conteúdo para postar. Iniciei esse desabafo e me vieram um turbilhão de idéias na cabeça. Mil coisas para serem ditas e escritas, mas também quero deixar absolutamente claro que ainda estou escrevendo, moldando universos e criando novos mundos. E outra: sempre que me vier na cabeça um pequeno conto ou um texto que mereça ser escrito e compartilhado de alguma forma, eu o farei por aqui.
Era apenas isso que queria dizer nesse post. Em breve farei outros, talvez um que fale sobre os montes de personagens que criei desde que parei de escrever Effect Wolf e seus respectivos universos. Tenho um desejo imenso de trazer pequenos contos, textos que motivem ou devaneios como o desabafo que fiz hoje nessa postagem.
De qualquer forma, obrigada por permanecerem do meu lado me motivando do primeiro ao último capítulo que postei no blog. Vocês são fantásticas(os)!
Ficamos por aqui.
Créditos da imagem usada nesse post: Pinterest.